Carla Severiano alerta para o aumento da pobreza e das desigualdades e faz um apelo a toda sociedade Neste 20 de fevereiro, devemos assinala...
Carla Severiano alerta para o aumento da pobreza e das desigualdades e faz um apelo a toda sociedade
Neste 20 de fevereiro, devemos assinalar o Dia Mundial da Justiça Social, não para comemorar, mas sim para chamarmos a atenção de todos para os números crescentes da desigualdade observada no Brasil e no mundo.
Mais de 200 milhões de trabalhadores, segundo relatório da ONU - Organização das Nações Unidas, vivem em pobreza absoluta, principalmente por causa de crises múltiplas. A organização aponta uma série de retrocessos na área social. Entre as causas estão fatores como impacto do Covid-19, agitação geopolítica, crise econômica e desastres naturais.
No Brasil, o aumento da desigualdade de renda foi o principal fator do aumento da pobreza e, segundo estudo da FGV Social, é ainda maior do que o imaginado. A pesquisa uniu a base de dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) à da Pnad Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostrou que a pobreza atingiu o maior nível em quase dez anos.
Crescimento global do emprego
Com base em tendências atuais, a Organização Internacional do Trabalho, OIT, alerta para o que chama de “quadro sombrio”. Este ano, o crescimento global do emprego será de apenas 1%, menos da metade do nível registrado em 2022.
De acordo com o diretor-geral da agência, Gilbert F. Houngbo, mais de 200 milhões de trabalhadores vivem na pobreza absoluta. Iniciativas empresariais, especialmente pequenas e microempresas, sofreram com a combinação de crises.
No Brasil, a situação é ainda mais dramática onde a concentração de riquezas equivalentes à metade da fortuna patrimonial brasileira está na mão de apenas 1% da população. Quadro que faz nosso país ostentar a 2ª colocação no ranking da desigualdade do G-20, perdendo apenas para a África do Sul.
Carla Severiano faz um apelo para que todos, sociedade, empresários e governo, possam juntos impulsionar projetos que ajudam a diminuir e evitar desigualdades no Brasil.
Nos últimos anos, trabalhamos fortemente em projeto de inclusão social onde centenas de pessoas em situação de vulnerabilidade puderam aprender uma atividade laboral. São projetos como Empreendedorismo de Rua e Empreendedorismo de Favela que estão contribuindo para tirar as pessoas dessa situação. Mas ainda é preciso fazer muito mais, alerta Carla Severiano.
De acordo com o artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos tem o direito assegurado de gozar de boa saúde, bem-estar, alimentação, vestuário e habitação. Garante também acesso aos serviços sociais e direitos à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
No entanto, devemos aperfeiçoar programas de distribuição de renda, como Bolsa Família, Prouni, entre outros, que permitem as pessoas saírem da condição de extrema pobreza e garantem o acesso à saúde, trabalho digno, educação de qualidade, ao pleno emprego e etc.
A inauguração do Projeto Favela Empreender - trabalho social e renda em forma de cooperativa, que visa atender o mercado de fabricação de marmitas em grande escala, trás oportunidades para ambas as partes: o empresário se beneficia dos incentivos relativos a esta atividade e os participantes tem acesso a uma vaga de emprego que o projeto pode gerar, conclui Carla.
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